Mísseis Tomahawk: como são as armas que Trump analisa dar para a Ucrânia
Armamentos, precisos e caros, poderiam ampliar capacidade de ataque ucraniana, mas há dúvidas sobre como Kiev os usaria
Internacional|Do R7
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Os Estados Unidos têm sinalizado a possibilidade de enviar os famosos mísseis Tomahawk à Ucrânia desde a última semana. O presidente Donald Trump disse que “praticamente tomou uma decisão” ao ser questionado sobre a oferta, mas a Casa Branca ainda não confirmou uma decisão final, segundo a imprensa norte-americana.
Se a entrega for confirmada, os Tomahawk podem representar um salto importante no arsenal ucraniano. Com eles, Kiev poderia atingir alvos em regiões mais profundas da Rússia – algo que, até agora, depende de armas próprias ou de menor alcance fornecidas por aliados.
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O que são os mísseis Tomahawk
Fabricado pela empresa norte-americana RTX (antiga Raytheon), o Tomahawk é um míssil de cruzeiro de ataque terrestre, com propulsão a jato e orientação precisa. Ele pode voar a cerca de 880 km/h – quase a velocidade de um avião comercial – e atingir alvos a mais de 2.400 km de distância, dependendo da versão.
Cada unidade custa cerca de US$ 1,3 milhão (cerca de R$ 6,9 milhões), segundo dados citados pela agência de notícias Reuters. O míssil mede pouco mais de 6 metros e carrega uma ogiva convencional de cerca de 450 kg.
Os Tomahawk são lançados, normalmente, de navios de guerra ou submarinos, mas também podem ser disparados de sistemas terrestres especiais. É por isso que analistas veem um obstáculo prático caso a Ucrânia receba os mísseis: o país não possui esses meios de lançamento, o que exigiria o envio de equipamentos adicionais ou adaptações.
Por que os Tomahawk chamam atenção
Os Tomahawk seriam capazes de atingir mais de 1.900 alvos militares russos, incluindo bases aéreas e locais de produção de armas, segundo cálculos do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), um centro de pesquisa sediado em Washington, nos EUA.
Os analistas afirmam que, com esse tipo de míssil, a Ucrânia poderia “degradar significativamente o desempenho do campo de batalha russo”, atacando estruturas que sustentam as operações de linha de frente.
Além disso, os Tomahawk têm histórico de uso em diversos conflitos. Foram disparados pelos Estados Unidos desde a Guerra do Golfo, e mais recentemente usados contra alvos rebeldes no Iêmen e instalações do Irã.
A Ucrânia já possui mísseis de longo alcance, como o Flamingo - desenvolvido internamente e com alcance superior a 1.600 km - e o Netuno, míssil antinavio de cerca de 600 milhas.
O país também recebeu mísseis ocidentais, como o ATACMS (Sistemas de Mísseis Táticos do Exército dos EUA, em português), e o Storm Shadow, do Reino Unido, mas todos têm alcance bem menor que o dos Tomahawk.
Ou seja, os mísseis Tomahawk poderiam permitir à Ucrânia atingir regiões russas que hoje estão fora de alcance.
Resposta russa
A possível transferência dos Tomahawk gerou reações de Moscou. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a entrega dessas armas degradaria as relações com Washington. Isso porque o Kremlin considera o fornecimento um risco na escalada de tensões com o Ocidente.
“A questão é esta: quem pode lançar esses mísseis? Só os ucranianos podem lançá-los ou os soldados americanos têm que fazer isso?”, disse o porta-voz russo Dmitry Peskov. “Quem está determinando o alvo desses mísseis? O lado americano ou os próprios ucranianos? Uma análise muito aprofundada é necessária”.
Perguntas e Respostas
Quais são os mísseis Tomahawk e qual é a sua importância para a Ucrânia?
Os mísseis Tomahawk são mísseis de cruzeiro de longo alcance, fabricados pela empresa norte-americana RTX (antiga Raytheon). Eles têm a capacidade de atingir alvos a mais de 2.400 km de distância e podem voar a cerca de 880 km/h. A entrega desses mísseis à Ucrânia poderia ampliar significativamente sua capacidade de ataque, permitindo que o país atinja alvos mais profundos na Rússia.
Qual é o custo e as características dos mísseis Tomahawk?
Cada unidade do míssil Tomahawk custa cerca de US$ 1,3 milhão. O míssil mede pouco mais de 6 metros e carrega uma ogiva convencional de aproximadamente 450 kg. Normalmente, eles são lançados de navios de guerra ou submarinos, mas também podem ser disparados de sistemas terrestres especiais.
Quais são os desafios que a Ucrânia enfrentaria ao receber os mísseis Tomahawk?
Um dos principais desafios seria a falta de meios de lançamento adequados na Ucrânia, que exigiria o envio de equipamentos adicionais ou adaptações para que os mísseis fossem utilizados efetivamente.
Quantos alvos militares russos os mísseis Tomahawk poderiam atingir?
Os mísseis Tomahawk poderiam atingir mais de 1.900 alvos militares russos, incluindo bases aéreas e locais de produção de armas, de acordo com cálculos do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW).
Qual é a reação da Rússia em relação à possível entrega dos mísseis Tomahawk à Ucrânia?
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a entrega dos mísseis degradaria as relações com os Estados Unidos, considerando o fornecimento um risco na escalada de tensões com o Ocidente. O porta-voz russo, Dmitry Peskov, questionou quem seria responsável pelo lançamento e pela determinação dos alvos dos mísseis.
Que outros mísseis de longo alcance a Ucrânia já possui?
A Ucrânia já possui mísseis de longo alcance como o Flamingo, com alcance superior a 1.600 km, e o Netuno, um míssil antinavio de cerca de 600 milhas. O país também recebeu mísseis ocidentais, como o ATACMS e o Storm Shadow, mas todos têm alcance inferior ao dos Tomahawk.
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